30 Dias de Noite (30 Days of Night): um frescor nos filmes de vampiros
Um forasteiro muito estranho e com uns papos malucos sabota toda a cidade e age como um lacaio dos seres estranhos que a invadem, facilitando sua circulação a partir do último pôr-do-sol antes daquele anoitecer prolongado por um mês e prejudicando quem fica.
O filme "30 Dias de Noite" é baseado na série de quadrinhos de mesmo nome, escrita por Steve Niles e ilustrada por Ben Templesmith, lançada em 2002 pela editora americana IDW Publishing. A história dos quadrinhos e do filme conta quando um grupo de vampiros chega em Barrow para se alimentar dos moradores da cidade. Os personagens são muitos, portanto eu não focarei neles aqui.
O filme às vezes nos lembra da passagem do tempo, umas três ou quatro vezes contabilizando em que dia estão, mas o tempo corrido do filme torna essa passagem de tempo facilmente confundível como se fosse a mesma noite, o que é ótimo para relembrar a grande problemática de ficarem ali no escuro à mercê dos vampiros.
Os vampiros no início são formas indefinidas ágeis que arrebatam suas vítimas do nada e as devora violentamente. Até pensei que boa parte do tempo ficariam apenas nas sombras, mas não é o que acontece. Mas depois gostei que eles surgem como figuras com aparência humana, mas com sangue no rosto e aspecto selvagem, bestial, num trabalho de maquiagem fenomenal. Eles se comunicam num idioma próprio, estranho, com barulhos meio sussurrados e estalados. Isso dá personalidade ao grupo. Gosto como, felizmente, não parecem ou soam como figuras tolas saídas da novela Mutantes, com um falatório que fizesse uma medição de poder entre eles e os habitantes da cidade, pois a maneira como os vampiros se comunicam é compreensível apenas entre eles e não para o público e nem para os outros personagens.
30 Dias de Noite é uma experiência envolvente e até mesmo surpreendente por ter suas características próprias para se diferenciar de tantas outras produções sobre vampiros.
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